O Encontro dos Conselheiros de Sanidade Agropecuária apresentou o tema “Paraná livre da aftosa sem vacinação”. O evento, realizado no Parque de Exposições Ney Braga, foi direcionado a produtores, diretores de entidades e membros do conselho. A organização foi do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e do Sindicato Rural Patronal de Londrina, em parceria com o Banco do Brasil e a Universidade Norte do Paraná (Unopar).
A intenção do encontro foi integrar todos os profissionais da cadeia produtiva da pecuária de corte na luta para que o Paraná se torne um Estado livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação. Segundo o diretor técnico do Emater, Ademir Antônio Rodrigues, o Paraná tem mais de 330 conselhos voltados à sanidade agropecuária que trabalham pela meta. “O encontro é uma oportunidade de discutir planos de desenvolvimento do trabalho e ações realizadas durante o ano. O conselho tem um papel fundamental na discussão dos problemas sanitários do município”.
O diretor explicou que o Paraná vem se estruturando para se tornar um estado livre da febre aftosa sem vacinação. Nos últimos anos, houve uma revitalização no Conselho Estadual de Sanidade (CONESA) e o governo federal e estadual investiram pesado na questão sanitária. "Um trabalho muito importante foi feito com a contratação de veterinários e formação de estruturas de barreiras. Houve todo um trabalho estratégico feito em nível estadual e federal. O trabalho é fundamental, pois uma vez considerado livre de febre aftosa, o Estado vai poder vender o seu produto por um preço agregado maior”.
O secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Inácio Afonso Kroetz, apresentou novos dados e informações relacionados à agropecuária interna e externa. "O Brasil tem grande potencial de exportações de carne suína, bovina, ovina e caprina e é necessário atender requisitos de exportação como a saúde animal, implementação de programas de auto-controle e atender a exigências da legislação nacional".
De acordo com Kroetz, hoje o produtor não tem muita opção quando o assunto é vacinar ou não vacinar contra a febre aftosa. "Enquanto o calendário for obrigatório, todos os bovinos e búfalos entre zero e 24 meses deverão ser vacinados. No entanto, no momento em que o calendário for suspenso, ele não vai mais precisar vacinar. Isso acabará com custo de manejo e promoverá a valorização do rebanho e dos derivados”.
Mercado
Atualmente, o Brasil é classificado com país de risco controlado da febre aftosa. O conselho pretende conseguir o título de classificação de risco desprezível no mês de maio, em Paris, na Assembleia Geral da Organização Mundial da Saúde Animal. "Isso faz com que o produtor brasileiro também possa acessar mercados melhores”.
Algumas medidas estão sendo tomadas para que a meta "Paraná livre da aftosa sem vacinação" seja cumprida. Para que se chegue ao ideal, o secretário frisou elementos fundamentais: "Aumento da vigilância, melhora no controle do trânsito (portos e aeroportos mais efetivos), melhores informações sobre o que se passa dentro da propriedade e não transitar com animais sem documentação sanitária, o que é obrigatório."
Contato:
Ademir Antônio Rodrigues, diretor técnico do Emater
(41) 3250-2302 / 3250 – 2100
Inácio Afonso Kroetz, secretário de defesa agropecuária do MAPA
(61) 32182314
Reportagem:
Thaís Leite – 8433 - 8025
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